Decorreu este fim de semana o Festival Aldeia de Lobos em Fafião!
Uma pequena aldeia pertencente a Cabril, Montalegre, foi a capital do Lobo e deu um exemplo de capacidade de organização fantástico!
Música popular de grande qualidade, DJ's para a malta mais noctívaga junto ao Fojo do Lobo, currais transformados em galerias de arte, comes e bebes fantásticos (a propósito, a chanfana estava uma maravilha), animação de rua, exposições, caminhadas, contadores de histórias, Queimada, teatro... Como é que uma aldeia tão pequena tem esta capacidade de organização? Cá para mim há por ali uma poção mágica... Estão de parabéns.
Vou contar então o meu fim de semana pelo Barroso, começando por mostrar algumas imagens do Festival. Todas as fotos que se seguem foram feitas com telemóvel!
Para além das actividades que falo e mostro atrás, tenho que falar da exposição Fafião, Gentes e Locais, composta por 15 fotografias minhas e do meu Amigo Paulo Tavares. Esta exposição tem a particularidade de ser montada ao ar livre e de poder ser vista de dia e de noite. Aproveito e agradeço a aposta que fizerem nesta exposição, tenho muito orgulho em ter feito uma exposição com estas características pela primeira vez num local que me acolheu e trata tão bem como Fafião o faz.
Depois de uma tarde quente a subir e descer a aldeia para não perder pitada do que estava a acontecer, eu e o Paulo não ficamos para a noite tardia dos DJ's e à 1 hora da madrugada lá nos metemos no jeep e partimos para a aventura, e que aventura, de subir a montanha para irmos passar a noite na cabana do Vidoal, lá mesmo no sítio dos Lobos. Valeu a pena a aventura da subida nocturna porque acordar ao nascer do Sol naquele paraíso é indescritível!
No dia seguinte de manhã, dia da caminhada, resolvemos dar um salto a Pitões das Júnias para o Paulo fazer umas paisagens! Eu também fiz com telemóvel para registar o nosso dia.
No regresso a Fafião, claro que antes fomos ter uma conversa com o cozido à portuguesa de que já vos falei antes aqui no blog, ao passar numa saída da estrada que em terra batida subia uma montanha até perder de vista, resolvermos alinhar por aquela máxima: "deixa ver onde isto vai dar" e lá começamos a subir. E que subida que nunca mais acabava... lá em cima na montanha, depois de uns Km a trepar, chegamos a uma bifurcação e fizemos uma pequena reunião para decidirmos o que fazer: ir em frente pelo caminho que parecia entrar pela montanha seguinte e nunca mais acabar, ou ir pela esquerda e, ao que nos parecia, regressar à bendita estrada alcatroada onde até há 1 hora se vinha tão bem. Resolvemos optar pela segunda hipótese: esquerda porque parece que ia para a estrada para Cabril. Começamos a descer, redutoras metidas porque aquilo descia a sério, quando de repente surge-nos de uma curva uma moto 4 pilotada por um senhor em calção de banho, chinelinho de meter o dedo, tronco nu, toalha ao pescoço, capacete de lado porque estava em cima do boné, e com um olho a olhar para o burro e outro para o cigano... No meio de uma montanha! - "Amigo, sabe onde vai dar este caminho?" Perguntamos nós. - "Cabril... "respondeu o homem com cara de mau e sem sair da nossa frente para seguirmos a viagem. - "Vocês pensam que o Gerês é aquela porcaria da vila onde andam de mota de água, lojas de recordações, pastelarias... nada disso, Gerês a sério é aqui no meio destas montanhas e eu vou levá-los a um sítio que nunca viram nem sabem que existe..." disse o homem sem perguntarmos mais nada além da primeira dúvida!
- "Mas nós temos que ir para Fafião."
- "Nada disso, porque a festa foi ontem à noite eu também estive lá! Vocês vão é dar a volta ao jeep e vir atrás de mim." E lá fizemos o que o homem mandou (Alma Negra de seu nome, viemos a saber depois), seguimos atrás dele, voltamos a subir e na tal bifurcação levou-nos pelo caminho que não escolhemos antes. Andamos mais 20 minutos pela montanha e chegamos aqui:
Acabamos o dia em Fafião com amigos.
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